Resumo da Reunião de 2 de Fevereiro de 2005
Olá a todos
Como já vem sendo hábito, e desta vez a pedido de algumas pessoas que não puderam estar presentes na reunião de 2 de Fevereiro, vou tentar pôr por escrito aquilo que se passou nessa reunião.
Como sempre começamos com uma leitura do Evangelho, desta vez escolhida aleatoriamente pelo Paulo. Ele leu-nos uma passagem que fala da crucifixação de Jesus e a frase que mais nos marcou foi: "Salvou os outros, salve-se a si mesmo". Parece estranha esta escolha uma vez que se trata de uma frase provocatória para com Jesus, mas se pensarmos bem era mesmo isso que se estava a passar: Jesus estava a salvar-nos a todos.
Como sabem esta reunião era sobre o sacramento da penitência (ou confissão). Como preâmbulo a este tema no mês passado falámos sobre o pecado: "Pecar mata" a vida espiritual foi a frase-chave da última reunião.
Depois de cometermos um pecado, quando nos apercebemos que não deveríamos ter feito aquilo que fizemos (mesmo que seja um pecado venial) devemos rezar sempre um Acto de Contrição.
Acto de Contrição:
Meu Deus porque sois tão bom
Tenho muita pena de Vos ter ofendido
Ajudai-me a não tornar a pecar
Amen
Mas não é suficiente que rezemos um Acto de Contrição sempre que pecamos, de modo a recuperarmos os dons sobrenaturais e todas as graças basta que nos confessemos.
O Sacramento da Penitência ou Confissão é um dos sete sacramentos, foi instituído por Jesus e volta a transformar o "cadáver ambulante" em que nos transformamos quando pecamos, em alguém vivo, com Deus na sua alma.
Quem se deve confessar? Devem confessar-se todos os pecadores, ou seja, todos nós.
Quando nos devemos confessar? Se tivermos cometido um pecado mortal, então devemos confessar-nos o mais cedo possível. Se se tratar de pecado venial devemos confessar-nos com alguma frequência (a Cláudia sugeriu uma vez por mês, mas o Zé foi mais exigente e aconselhou uma confissão quinzenal), uma vez que o pecado venial nos vai preparando para o pecado mortal. A Igreja exige-nos uma pelo menos uma confissão por ano e aconselha a comunhão na Páscoa da Ressurreição, logo a confissão deverá ser neste período de Quaresma. Para além disso a confissão aumenta a nossa humildade. Para exemplificar o Zé falou-nos de terrinas. Antigamente quando se partia uma terrina usavam-se uma espécie de agrafos para juntar as duas metades, com certeza que já viram em antiquários loiça assim. O mesmo acontece connosco, quando pecamos ficamos "partidos" e tal como a terrina deixamos de conter o Espírito Santo na nossa alma. Quando nos confessamos ficamos com essa espécie de agrafos, voltamos a ter o Espírito Santo na nossa alma, mas ficamos mais humildes. E, como o Paulo lembrou, hoje em dia essas terrinas com os "agrafos" valem mais do que as terrinas originais...
Que requisitos há para nos confessarmos? Existem cinco requisitos para a confissão:
1º - Exame de consciência - o que foi contra a vontade de Deus. Devemos fazer este exame de consciência com calma e com antecedência, para facilitar esta tarefa podemos seguir os mandamentos da Lei de Deus, por exemplo.
2º - Dor dos pecados - para que a confissão seja válida temos de ter um sentimento de pena espiritual, um arrependimento daquilo que fizemos. Nesta altura da reunião surgiu uma questão, e se há um pecado que nós sabemos que cometemos, mas do qual não nos arrependemos, o que devemos fazer? A Isabel sugeriu que conversássemos com um Padre à nossa escolha, que poderá ser o nosso conselheiro espiritual.
3º - Propósito de emenda - quando nos confessamos devemos fazê-lo com a intenção de não voltar a pecar.
4º - Acusação dos pecados - ao enunciarmos os nossos pecados devemos fazê-lo de forma sincera, clara e completa.
5º - Cumprimento da penitência.
Como devo começar a confissão? Devemos começar por dizer há quanto tempo não nos confessamos (por exemplo rezando: "Perdoai-me Sr. Padre porque pequei, há (não sei quanto tempo) que não me confesso"). Devemos ainda ter a noção que nos pomos na presença de Deus.
A quem nos podemos confessar? Qualquer sacerdote serve, embora possamos escolher um com o qual nos sintamos mais à vontade.
Nesta altura surgiu mais uma questão, porque é que temos de nos confessar a um Padre, é sempre tão difícil ter de falar com um homem, também ele pecador, não seria mais fácil confessarmo-nos directamente a Deus. Mas o Zé mostrou-nos que isto é uma falsa questão, quem pensa assim é porque não tem consciência da grande diferença que existe entre nós e Deus. Se temos vergonha de confessar os nosso pecados a uma outra pessoa pecadora, que percebe, por experiência própria, aquilo porque nós estamos a passar, muito mais vergonha deveríamos ter de os confessar directamente a Deus todo-poderoso, perfeito e que nunca pecou.
Ao desfilarmos os nossos pecados vamo-nos aproximando de Deus e recuperando a graça das nossas boas obras. Sendo assim a frase-chave desta reunião é "A confissão ressuscita!"
Beijinhos a todos
Olga
Totus Tuus, ó Mãe!
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