sexta-feira, janeiro 21, 2005

Resumo da Reunião de 12 de Janeiro

Olá a todos
Mais uma vez resolvi aproveitar as minhas notas para fazer um resumo da reunião de 12 de Janeiro, porque, infelizmente, voltamos a ser muito poucos na reunião.
Começamos a reunião marcando as datas para o mês de Fevereiro: no dia 2 de Fevereiro vamos ter reunião com o casal Rodrigues, no dia 9 de Fevereiro (quarta feira de cinzas) vamos ter noite de oração na Capela de Miraflores, desta vez vai ser organizada pelo casa Rodrigues, finalmente, no dia 23 vamos ter a nossa reunião, só do grupo.
Como sabem o tema para a reunião de Janeiro era “O Sacramento da Penitência”, mas a verdade é que não foi exactamente assim… foi um preâmbulo para a próxima reunião que, essas sim, será sobre “O Sacramento da Penitência”.
Uma vez que a Tintim não pode estar presente a leitura do Evangelho foi escolhida “à sorte” pela Cláudia, e calhou a passagem que fala da “Hipocrisia dos Fariseus” Lc 16, da qual a frase mais importante que tirámos foi “Deus conhece os nossos corações”.
No ano passado as reuniões com o Zé e a Isabel tinham como resumo final um novo paradigma, tinham como objectivo que mudássemos alguns paradigmas. Este ano as reuniões com o casal têm como resumo final uma frase-chave: a reunião de Dezembro, sobre o Espírito Santo a frase-chave foi “O Senhor que dá a vida” e a reunião de Janeiro, sobre as Bem-aventuranças a frase-chave foi “O desprendimento liberta-nos”.
Como preâmbulo à reunião obre o Sacramento da Penitência, nesta reunião falamos sobre o pecado, que é, como nos lembrou a Cláudia, “a única coisa que não vem de Deus, e vai contra Deus”.
O Zé Rodrigues explicou-nos que Adão e Eva, quando foram criados, não eram inteiramente semelhantes a nós, eles tinham duas prerrogativas:
- Os Dons preternaturais(a cima da natureza) que se podem dividir em físicos (a ausência de sofrimento e a ausência de morte) e espirituais (sabedoria, conhecimento intuitivo e dominio sobre as paixões)
- Dons sobrenaturais(Deus vivia na alma deles): que são a vida sobrenatual e a graça santificante.
Estes dons seriam hereditários se não tivesse sido introduzido o pecado. O pecado de Adão e Eva foi o da soberba e desobediência grave, soberba porque quiseram ser como Deus, e desobediência rave porque foram contra a única restrição que Deus lhes tinha posto. No caso de Adão e Eva o pecado foi ainda mais grave porque eles tinham todas as condições para não pecar.
Para justificar esta ofensa tão grave não bastava a morte daqueles que a tinham cometido, nem sequer a morte de toda a humanidade, então Deus, para resgatar os Homens, veio à Terra e morreu por nós.
Mancha do pecado original é a ausência do Espírito Santo na nossa alma.

Hoje nós nascemos sem os dons preternaturais e sem os dons sobrenaturais, mas podemos adquirir os dons sobrenaturais (segundo o Zé são os mais importantes) através do Baptismo. Deste modo ficamos com o Espírito Santo em nós, até que O expulsemos por nossa livre e espontânea vontade, através do pecado.
Existem dois tipos diferentes de pecado: o pecado mortal e o pecado venial (aquele que é perdoado pelo arrependimento). O pecado mortal mata a vida sobrenatural, porque expele a Graça de Deus. Em consequência do pecado mortal todas as graças, méritos, etc. são perdidos. Mas não de uma forma irremediável, através da reconciliação podemos recuperá-los.
Para haver pecado mortal têm de se reunir 3 condições: tem de se tratar de matéria grave, tem de ser cometido em plena consciência e com pleno consentimento. Por isto mesmo não devemos julgar, nunca sabemos se estas 3 condições estão reunidas, não sabemos se na realidade se trata de pecado mortal.
Há um pecado sempre que vamos contra a vontade de Deus, e somos culpados do pecado a partir do memento em que decidimos cometê-lo. Mas é diferente tomarmos esta decisão ou sermos tentados. Uma coisa é pesarmos que se nos perguntarem determinada coisa vamos responder mentindo, tomarmos essa decisão, mas acabamos por não mentir apenas porque não nos perguntaram (isto é pecar), outra, muito diferente é pensarmos nessa possibilidade e decidirmos que não iremos mentir (isto é ser tentado).
Deus nunca nos permite tentações que não possamos resistir, usando todos os meios de que dispomos: a oração, os sacramentos e a fuga às ocasiões. Para explicar este último meio o Zé contou uma história, que eu não me lembro muito bem, mas que me lembrou duma outra história do padrinho da Xana (minha irmã). Ele é muito guloso, e sempre que passava por uma determinada pastelaria não resistia, entrava e comia uma fatia de bolo de chocolate. Um dia, enquanto tentava fazer uma dieta, passou à porta da pastelaria, consegui não entrar, e uns metros à frente diz: “Portei-me mesmo bem, consegui resistir, mereço um prémio: vou entrar e comer 2 fatias de bolo!” Se não temos a certeza de conseguir resistir às tentações, podemos evitar as situações em que sabemos que seremos tentados.
Deus só nos permite as tentações porque elas nos fazem mais humildes, aproximam-nos de Deus.
O Zé lembrou-nos ainda que os fins não justificam os meios, ou seja o Robin Hood até podia ser muito em intencionado, mas roubar, mesmo que seja aos ricos para dar aos pobres, é sempre roubar, e é pecado.
O Zé chamou-nos ainda a atenção para o facto do pecado mortal ser grave e, como já foi dito, “matar” os dons sobrenaturais na nossa alma, mas o pecado venial também é grave, porque cada vez que o cometemos vamos esmorecendo o nosso amor por Deus, e vai-nos preparando para o pecado mortal.
Quem ama verdadeiramente a Deus deve evitar todo e qualquer pecado. Mas tarde, quando conseguir evitar os pecados deve trabalhar para aumentar as suas virtudes.
Deus dá-nos sempre a possibilidade de voltarmos para junto dele, através do sacramento da penitência, mas quando andamos muito tempo longe de Deus tornamo-nos menos sensíveis em relação ao que O pode ofender. Ficamos como as mãos de um agricultor, ásperas e calejadas, mas que já nem sentem quando uma mosca pousa em cima, não devemos deixar que fiquemos assim, devemos tentar sempre ser como a pele de um bebé, sensível a qualquer toque.
Finalmente o Zé contou-nos a história de um homem que entrou numa igreja à procura de uma confissão, dirigiu-se ao padre e disse: “Senhor Padre, tenho de me confessar, eu cometi todos os pecados que havia para cometer” ao que o Padres respondeu: “Com certeza que o confesso, mas devo dizer-lhe que não cometeu todos os pecados.” O homem, muito confuso, replicou: “Eu cometi todos os pecados que havia para cometer, eu sei!” Com muita calma o Padre explicou: “Cometeu todos menos um, não deixou de acreditar na misericórdia de Deus”. O último pecado que podemos cometer é deixar de acreditar na misericórdia Divina.

Finalmente, e como resumo desta reunião ficou uma frase-chave: "Pecar Mata"

Beijinhos a todos

Olga
Totus tuus, ó Mãe!

segunda-feira, janeiro 17, 2005


Hello everyone! Photos from Taizé meeting in Portugal - Algés parish.
(Photo 12)


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